O gigante pela própria natureza

O gigante é só na natureza

Pois seus braços estão inoperantes

As suas pernas cambaleiam

E a sua respiração está ofegante

Ele está como um homem embriagado

Ou talvez como um homem enfermo

Desde a mais alta corte, os magistrados

Até o próprio executivo, o governo

No congresso prevalece o interesse

No Senado, o jogo de comadres

Estão em decadência os poderes

São todos cartolas e compadres

Os seus olhos, os juízes, outrora doutos

Tem visão curta e monetarista

Seus sábios são bem poucos

Ele corre sério risco de vida

Seus lombos, o povo, geme sem redentor

Suas entranhas estão purulentas e fétidas

Um gigante assim não tem valor

Nem para ir a leilão presta

É triste saber que seus filhos o saquearam

E levaram os seus tesouros para "os paraísos"

Só em si mesmos pensaram

Fazendo coisa de gente sem juízo

Oxalá, Deus que não dorme

Ainda atente para o seu estado

E não permita que toda a prole

Do gigante seja devorado.

Oli Prestes

Missionário