Alfaiataria - A Moda de nossos dias

Tecido social esgarçado

Todos sabem dos babados

Confirmado o fato

#somostodospatos!

Malha fina para assalariado

Não veem rendeiros de milhões acobertados

Turminha de nós cegos

Para grife de Ladrões

E na nossa pele um tear de pregos

Onde tecelões prepararam a trama

Pensando só em grana

Trança de mídia, políticos e juízes

Com a contribuição definitiva dos suscetíveis

Costurada uma mentira

Teve até performance de pomba gira

Viva o brilho!

Todos contra maltrapilhos!

Tem juiz engomadinho

Na garganta bravatas

Anserina de mau agouro

Povo não tem forro privilegiado: É no Couro!

Mas esquécio do fulano

[Justiça de elastano]

E viva a invenção!

A carruagem do "contra a corrupção"

Virada em abóbora após a meia-noite

Das palavras de ordem a realidade do açoite.

Eu sei é soda...

Bem que o xadrez podia estar na moda

Listras cairiam bem

[O Temer também]

Mas este vestido rodado

Não precisa nem olhar bem

Sempre mostra só um lado

Porque o outro não cheira bem

Querem nos vender uma fantasia

Camisas de força com nova tecnologia

Aprisionam cérebros fracos

Olha a frase do velhaco:

“Não pense em crise, trabalhe.”

A gasolina não me deixa esquecer, mas é detalhe

Em campanhas de donativos

Campanhas que doam nossos ativos

É “vendar” tudo ou a morte

O molde quem deu foi um irmão do Norte

Precisamos “decorte” indecoroso

Apertem o cinto

Vai ficar lindo

O errado é herança do passado

Mentes mal vestidas, de inteligência pelados

Ainda sonham em acreditar

Ponto cruz pesada para carregar

Mas esperem, V.T.N.C.*!

O Rei está nú

A verdade é transparente

O tempo a arrasta coercitivamente

Hipócritas de saia justa, calados

Conchavos estampados

Esdrúxulo do amarelo Psicodélico

Que se mostrou um tanto bélico

Ódios arrastando no chão

Será que alguém segura esta barra?

Já passou da hora de acabar com a farra

Pensamento extravagante tirado de um armário

Fibras mofadas de nu-proprietário

O que era peça íntima, sempre motivo de vergonha

Saia só de bocas meliantes - Pura peçonha

O degradê de mentes à deriva

Pensa que não temos fibra

Quer abotoar nossa esperança

A bandeira não é, mas nosso coração guerreiro é garança!

*V.T.N.C. – Verdade Tá Na Cara ou outro significado de uma rime melhor J

P.S. como eram referências de aviamentos, onde normalmente usaria parênteses usei colchetes. J