Saudação ao Caçador
O vento parece parado,
a garça parece parada
na relatividade do espaço-tempo nessa ave rara.
O piloto de caça voa
e não denuncia sua fortaleza, nem simplicidade...
Sua face é halo,
hálito de silêncio e velocidade...
Essa nave flutua, feito peixe no aquário...
Fantástico, esse piloto e sua nave a todo pano,
no céu, de mar alto,
onde sua verdade destoa e se recria...
É completo e um dos poucos eleitos...
Veloz, é ímpar nesse campo, nesse tempo, nesse vento...
Seu mar é seu carrossel.
Fantástico!
Admiro esse piloto especial e sua cosmonave esguia
na solidão do voo sem claque...
Decola, cumpre a missão
e regressa para si mesmo.
Fantástica essa nave sem cracas na quilha,
nem amarras,
que brinca com a gravidade na rosa dos ventos...
Esse marinheiro é fera...
Sem frio na medula.
O seu tempo é de combate,
sendo Falcão, mas peixe-absoluto.
Fantástico esse caçador solitário
que vai à luta enquanto se distrai peixe-voador...
Seja bem-vindo ao alado palco da Macega.
Atraca a tua paisagem à deste poema...
Faz tua passagem baixa nesta arena...
Seja bem-vindo ave acre,
lança teu ferro no convés, funda teu nome,
pois agora é teu tempo
e você elite, raro, caçador.