Poema: "Caixa dois"
"Caixa dois"
O engravatado na espreita,
Inventando uma obra...
Subornando uma empreita,
Para ver quanto sobra...
A empreiteira, na surdina,
Dá sua premiação;
Pagando a propina...
Vencendo a licitação...
Estádios superfaturados,
Metrô sem estação...
Projetos inacabados,
Um rio em transposição!
Fluminenses e paulistas,
Embarcariam num trem-bala...
Que sumiu sem deixar pistas...
Dele, ninguém mais fala!
Nas profundezas do mar
Estaria a salvação;
Petróleo a jorrar...
Financiando a educação!
Mas faliram a Estatal,
Jazida? Aqui jaz...
Esqueçam o pré-sal,
Lá se foi a Petrobrás!
E que se dane a nação,
Que fique para depois...
O que importa é a comissão,
O maldito caixa-dois!
* O Eldoradense