O que a gente faz?
O que a gente faz?
Passaram os carnavais e as ruas estão vazias, vazias demais.
Sobraram as penas, penalizando as tentativas de se ter paz.
Sobraram os olhos que choram as penas de tempos iguais,
Antigos tempos que se dizia não voltam mais...
E mais um dia a passos lentos gritaram forte: de novo não!
E mais um dia silenciaram os movimentos de oposição
Ao estupro de cada dia, o rito incutido na carne do cidadão.
Gritaram em vão...
Ignoraram o grito, o agito, o conflito,
Ficou somente o semblante aflito e a inquisição...
O voto devoto da democracia é letra morta,
Sombras de outrora, realocadas, batem à porta.