Senhora do universo
África, os teus olhos simulam amargura
A tua pele reflecte escuridão
Mas teus filhos alojam te no coração
E vão legando te bravura
África, tua voz ainda canta desilusão
Mas teus pés desandam aqueles passos da solidão
Teus ares ainda conservam fumaça
Mas seus netos seguirão sua andança
Teu sangue ainda colora terras acastanhadas
Teus gritos ainda sujeitam ecos de dominação
Mas suas tradições serão repassadas
Na infinidade de cada geração,
Suas árvores ainda receiam tempestade
Mas seus solos darão lhes a firmeza
Seus sonhos ainda revelam fraqueza
Mas fortificada será a sua bondade e vontade
Ainda que inconsistentes aliem se ao desespero
Acharemos a fórmula da resolução do seu destempero
África, senhora do universo
Farão te teus filhos um imenso paraíso.