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           BALADA DOS GUERREIROS AZUIS

                                         
Fevereiro de 1945    

                         "Às dezessete horas e cinquenta minutos da-
               quela tarde do dia 21, eu me encontrava no posto de
         Comando do General Cordeiro de Farias,
  quando escutei a voz rouca do Tenente-Coronel
                              Franklin, vinda pelo rádio de campanha :
     
                 ____Estou no topo do Castelo."

                "O Brasil na Segunda Guerra Mundial"
                                       Joel Silveira___ Edições de Ouro.  

      Guerreiros Azuis
      De espadas brilhantes
      Lindos e intementes
      Guerreiros valentes ...
      Oh!... quanta tristeza
      Vive em vossos olhos,
      Mares orvalhados
      Que evocam saudades,

       Belos e celestes
      Como a estrela Vésper...
      Guerreiros Azuis,
      ___ Príncipes das Ondas___
      Que tamborilar
      De passos, na estrada,
      De mãos de adeuses
      É este que ouço
      Beirando os trigais...
      E além dos trigais
      Beirando os caminhos,
      Cobertos de flores
      E árvores, e ninhos ?
      E este entardecer
      O que significa,
      Guerreiros Azuis ?...

      De botões dourados,
      De polainas brancas, 
      Filhos bem amados
      Dulcíssimos pais,
      Que choro cansado
      De febris crianças
      ___ Carapinhas negras
      Lisos fios louros
      Lisos fios pretos...
      Crespos... Sararás ___
      Deixastes na estrada
      Que vos leva ao mar ?...
      E além desse mar,
      Para o mar de além ?...
      A praias longínquas,
      Frias e inóspitas
      Onde morrereis ?...
 

  Descemos letamente o corpo do herói até o fundo da cova.
  Era de noite e o luar de agosto entristecia o olhar
                                                    / dos Cinamomos sobre nós.
  E chorávamos. Chorávamos amargamente
                                                                pelo herói sem vida.
  E escaravelhos traçavam rastros pelos que foram
                                                   /  e, em pranto,
   Pelo presente, avaro...
   Então o vento tocou nos colmos como gaita de muitos foles. 
   Silêncio.
   Novamente o vento.
   As margaridas olhavam-nos orgulhosas
   Quem sabe compadecidas
   Mas eram femininamente altivas e orgulhosas,
   E no entanto, não conseguiam disfarçar seu olhar
                                                         / aflito e desencontradao...
   E chorávamos. Chorávamos amargamente pelo herói
                                                                                       / sem vida. 

      Ó, belos Arcanjos
      Ó, frágeis Guerreiros
      De voz prateada
      Fugaz, cristalina
      Que sós não vos deixem
      Em estranhas terras... 
      Que seus tristes olhos
      Não vos deixem mudos
      Sem beleza e brilho,
      Sem nada dizer,
      Pois em vossas casas
      Lares infelizes,
      Há choro e saudade. 

      Mesmo que seus pés
      Recusem prosseguir
      Mesmo que seus ombros
      Quedem-se encurvados
      E um véu negro  e astuto
      Desça sobre vós,
      Libertai o espírito
     Ah!...deixai a "alma" ___
     ___ Esse olor de rosas
     Que é lábil e que é triste ___
     Ah !...deixai que o "espírito"   
     Revolte a vã saudade
     Recosturando a Paz
     Em um novo tesouro
     Pra nossos corações !...

     Luz, firme, que vai, se não, dos, passos... o... Amor !

     Ah!...Não há medalhas !
     Ah!... Não há luar !
     São só brancos lírios
     E cravos tão frios
     E não excelsas glórias
     E fogos e festins
     Que caem sobre vós...
     É só crua estrada,
     E a estrela dos tristes,
     Sobre vós, brilhando ! 

     Guerreiros Azuis
     Arcanjos sem Céu
     Vivos jorros d'água
     Desperemptoriamente
     Os passos se apagam...
     E a Casa volta à Casa
     O rumo novo...a estrela
     A Justiça, inteira!...
     E o hiato de esperança
     Que não cansa
     Que não cansa  
     Algodão em Paina
     Na flor Cava...___... Esperança
     Ela__ a gota, elide véu...
     Azuis Verdes Guerreiros Veios
     E a ponte ...___ Flor Revel!...
     Vos sendo o se vivendo
     O Beijo!... ___ não o "aceno"...
     ___ E ___ em __NÃO... Barco dos Sós !... 
     Em não "Primor" : ___ Primeiros!...___
     Guerreiros !... ___ ULTIMEIROS !...___
     E "Cá"?...!...os LONGES___ Céus !...      

GLOSSÁRIO:

CINAMOMO : S. M.    ÁRVORE FUNERÁRIA,USADA PARA ORLAR CAMPOS SANTOS.
POLAINAS : S.F.   ADEREÇO QUE SE LIGAVA AOS SAPATOS, BRANCO, À GUISA DE CAPA, PROTEGENDO DA LAMA, DA POEIRA E OUTRAS INTEMPÉRIES.
OLOR : S. M.  PERFUME; CHEIRO BOM.
LÁBIL : ADJ.  FRÁGIL, AQUI NO SENTIDO DE SUAVE, MEIGO, BRANDO, PACÍFICO.
VEIOS : S. M. (PL)   FILÕES; RIQUEZAS INCRUSTADAS À ESPERA DE ( ESPERAMOS QUE BOM ) USO.
REVEL : ADJ.  REBELDE, INCONFORMISTA, LUTADOR POR JUSTIÇA.
pERDOEM-NOS A INVERSÃO, MUITO PÓPRIA AO TOM ÉPICO DAS BALADAS E DAS ODES. MESMO ASSINALADA POR VÍRGULAS, CUMPRE ORDENÁ-LA : ESSE É O SENTIDO : LUZ FIRME QUE NÃO SE VAI DOS PASSOS...: O AMOR.

NOTA : É modesta homenagem aos pracinhas; na Sociedade Classita do Brasil, o Oficialato ao retornar foi valorizado. Os pracinhas não conseguiram nada do que lhes haviam prometido. Foram desmobilizados : o BRASIL injusto
tem pânico de POVO armado e consciente de como guerrear. Mesmo assim tributamos muita honra e penhor aos Oficiais que lutaram com consciência e nunca se dedicaram a trilhar o ideário fascista de desrespeito aos direitos dos cidadãos. E houve muitos deles. Aqui incluídos com muita Honra. Apreço... Comovido CALOR!...Num caso peessoal, a meu Tio RICARDO que lutou e teve a FELICIDADE de retornar aos seus. ABRAÇOS. Jorge Sunny.E vamos cultivar como queria
o inteligente BERTRAND RUSSEL uma Culura inegrativa humana de Bandeiras valiosas na PAZ!...

       
         

       


                          
                     
Jorge Sunny
Enviado por Jorge Sunny em 07/11/2016
Reeditado em 08/11/2016
Código do texto: T5816254
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