Desordem

É você que da sombra afoita surgiu?

Que pena!

De um encanto,

No seu recanto sucumbiu,

A tua lembrança meramente inseparável.

És envolto a uma embalagem de veneno,

Vil!

Que queima e arde o meu trabalho,

O meu sustento,

Fazendo este cessar mais um braço.

Pernas e ombros,

Desta vez pedirei a Adão,

Para assim não matar mais um protesto,

Este que não minguara em vão.

Quem és tu,

Para calar o meu canto de manifesto?

Aquele que arranca o alimento?

Do homem,

Da mulher,

Do filho de minha mãe?

Sim!

Peste és tu,

Que assola este chão escamado.

Quem me dera ter só mais um cigarro,

Para acabar-me com este meu sofrimento.

Pedirei ajuda aos saltimbancos,

E até daqueles que você diz ser “desumanos”,

Para pintar os muros do teu país.

País meu,

Não somente teu,

Ele é nosso!

País em abandono,

País sem pais.

Sem paz,

Isso jamais.

Victoria JM
Enviado por Victoria JM em 20/10/2016
Reeditado em 04/05/2017
Código do texto: T5797950
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