UM GOLPE NA PESTE

Agora que tudo terminou como o esperado,

A fogueira foi apagada sem expelir fumaça,

Uma pedra sobre o lesivo recente passado,

O silêncio volta ao normal, pois tudo passa.

Vamos seguir desviando na mesma cartilha.

Vamos estancar a investigação de imediato.

O povão não conhece os planos da matilha.

Nem toda verdade foi revelada na lava-jato.

A polícia que volte discreta para seu quartel.

Os juízes que fiquem calados a esse respeito.

Afastar todo aquele que não aceitar o papel,

Que agrade aos que têm interesse no pleito.

E a mídia subornada com o dinheiro do povo.

Aumenta o número dos que vão ao cabresto.

Tal qual ditadura implantam o imposto novo.

E utilizam a saúde para justificar tal pretexto.

Volta tudo como dantes, já que a gang aprova.

Fica a incerteza, o apadrinhamento e o medo.

Aposentados precoces, a mordomia se renova.

Cartão corporativo, gasto que fica no segredo.

Porém chegou a hora do povo assumir o poder.

E anunciar um basta a toda tirania e corrupção.

A classe política deve doravante corresponder,

Aos anseios dos filhos da esplendorosa nação.

Não somos cordeiros cativos indo para o abate.

Pleitearemos a justa justiça como jamais se viu.

Pois ainda abrasa no peito a chama do embate.

Já que agora o futuro, por fim, chegou ao Brasil.

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