POEMA DO GOLPE 02
Quando perto do inevitável final
Viu-se envolta dos bandidos
Que anistiados dos seus crimes
Julgavam quem os perseguia
Com punho de ferro
Sentou-se no banco dos réus
Defendendo-se de cegos e surdos
Ensaiados no espetáculo da legalidade
Que feria integralmente
O público que lhe assistia
Com a sede injusta de não beber água
Afogando-se no mar amargo
Que o Golpe tinha até pra quem
O acha doce.