INDEPENDÊNCIA

Ganhos e perdas se deu

A força do tuga nos circundou

Com o guerrear de suas armas

Muitos dos nossos se perderam,

Crianças, jovens, adultos

Muitos morreram

durante muitos anos na África pré-colonial,

As terras mancharam-se de sangue,

Não se via crianças em escolas,

Senão camião de tanque

E maquinaria com arsenal

Apesar do ribombar dos trovões,

Padres e religiosos empenharam-se nas lições

Não apenas o cristianismo para a vida,

Mas também a língua portuguesa e sua escrita

Enquanto ecos de revolta

Dos kotas se faziam sentir

Tem macumba esse meu povo,

Com as catanas, o tuga derrotou

E para lá da Costa o lançou

E daí o sorriso voltou

A independência com júbilo proclamou

Voltou a soar o vibrar da cultura,

Do Nyaneka ao Umbunbu o povo linguajou

Hoje é visível o sorriso no rosto dos candengues,

Conheceu a escola que não tem cor,

Que não tem raça,

Que não tem classe social: a escola de todos

A cada criança do sul e do norte

Deus encheu de sorte

Por isso, crescem e sonham com o futuro do País

Carregando no peito sua raiz

É na criança que está o homem do amanhã

Por isso, o País o alimenta em cada manhã

Com saúde e educação,

Com vestuário e alimentação,

Com bem-estar

Trazendo sempre na memória os feitos de Neto

Que hoje se fazem sem fim!

Hoje cada criança se sente independente

Tal como os adultos,

O respirar tornou-se módico

E o sorrir melódico!

Lubango aos 11 de Novembro de 2015

Mille Tavares El Dorado
Enviado por Mille Tavares El Dorado em 20/07/2016
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