LUBANGO
Terra sobre meus pés
Minha linda alfombra
De árvores longínquas que se (re)fazem sombra
Meu rincão do peito tu és
Parece que tens macumba ou quê?
Tu que és para a Huíla o tutano
Fazes com teus encantos
Relinchar os cavalos
Convidas caluandas e mouros
Pois tua beleza transcende
Como de noite o luar se (re)acende
Dos becos às ruas
Às montanhas e ruínas
O teu povo se (re)encobre
Das suas muralhas o mel o tuga descobre
Em ti (re)vive esse povo humildindigente
Mas tem candura essa gente
Por vezes desiludida
Parecendo arbusto de folhas caídas
Por vezes parecendo árvore sacudida
Sacudida pelo vento, fazendo sair de si as folhas caducas
Assim, as fazes (re)viver
Para um novo amanhecer!
31.05.2013