Governo deposto

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Tanto fez,

burlou e mentiu

na noite dançou e

sob o sol escarneceu.

Do pobre abusou,

cercou e golpeou,

da ausência dos seus dentes

sorriu...

Do estômago vazio fez voto.

Rodeou mundo,

os dados do jogo imundo

maquiou, maquinou, manipulou.

Tanto fez

que a estrutura abaixo veio,

não havia pregos que a suportassem,

fantasias e ilusões,

sempre foi a moeda

sempre foi a moeda:

Tomada, extorquida, solicitada.

Onde está teu aguilhão agora ?

Isolado, desmascarado, enterrado.

Não era poder,

somente a ficção de poder

tudo

quando era nada:

Uma farsa, farsa,

falsa.

Nada mais.

Morto o que não tinha vida,

salvo na mentira

que se findou !

Não haverá ressuscitação,

é tempo de novas vidas

ou mentiras,

eternas escolhas !

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Obs.: Este poema não se refere a qualquer governo em particular, mas aos erros de todos os governos mal sucedidos, no presente ou no passado - a última estrofe confirma o fato.