RUPTURA DA CHIBATA, 1888
XVI, XVII
Os canaviais em riste ciciaram
O segredo ao Sol curioso da Pátria.
XVIII
As minas auríferas secas choraram
Suas últimas gotas de ouro eivado.
XIX
Os cafeeiros se vestiram com esmero
Para o derradeiro ato real do Império.
1888. 13 de maio, princesa Isabel
Em posse de cálamo e bom papel
Assina a alforria dos escravos da União.
Daquele momento em diante rompeu-se a chibata
Estabeleceu-se a abolicionista Lei Áurea.
Homens deixaram de serem escravos de homens,
Mas será que deixaram de serem escravos de si?
Findou-se a escravatura legitimada, porém,
Iniciou-se a servidão marginal, que se estende
Até os dias do Brasil atual. E está permanece sem alforria em vista.