O Fastio Pelo Poder
No sacerdócio do político,
Nasce o abutre do homem,
O vilão é gracejo gentílico,
Cancro que de si tem fome.
Padroniza o ofício do ócio,
Dá valor ao que é detalhe,
Do diabo se torna o sócio,
Aguarda que o povo falhe.
Canoniza a alma da cédula,
No silêncio desta votação,
Onde drenará até a medula,
Do ventre de sua ambição.
Até que enfim tome posto,
Os fatores alteram a ração,
O povo agoura o encosto,
Tornando fúnebre a nação.