Memórias de um cárcere

Exteriorizar-se de um cárcere

significa capturar um estrondo

de luz aos olhos em um mal branco fugaz e

perceber o ardor do sol e tê-los primorosos,

fugir por becos entre muralhares de precárias

mofadas rebentando lama a cada pisotear

sem freio em meio às incertas travessias e

despenhadeiros, sentindo um medo sincero

do apanhador ter uma aparição até que finde a favela.

Ao primeiro armífero visto tudo isto foi livrado

e parecia uma narração mentireira e ilusória

de um menino que papeava seu ensaio.

principiou ser crido por mais outros fardados, fadados

ao êxito por vislumbrar uma verdade assistida

nos olhos de criança, és um refugiado!

Estratégias de cerco e formações foram mapeadas

como quiseram as estrelas diurnas, além da conclusão

obtida das contagens do abalado cedente

foi ordenado ao pelotão, cujo símbolo à caveira

Vá nessa formosa e valente

missão de estouro ao cativeiro!

Em um comboio articulado progrediam,

taciturnas, sem soar ao fechar das portas,

incutiam polidos em conduta com baixada

silhueta ao desenho ostensivo e idealizado

pelas sombras com o contraste contornado

pela alongada arma do infante, em teu

intrínseco olhar apenas a alça de mira e o

cenário sinistro que fatiou, enquanto ao sabor

o ressequir dos lábios por qualquer espavento.

O desejo atino proliferou às mentes delírios

de conquista tão, que fora exposto a metafísica

do espectro do menino que focalizou a exata

entrada e após, desvaneceu.

Portanto, a lama da sola do coturno

maculou a porta, e adentro muitos decompositores,

o qual um fora macerado simbolizando o triunfo.

Ewerton Campos
Enviado por Ewerton Campos em 11/12/2015
Reeditado em 12/12/2015
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