O choro de Minas
Aquele dia que o coração está seco
No badalar das cinzas das horas
No meio do caminho um monte de lama
Da terra dos lembrados
Jaz uma terra dos esquecidos
Memórias apagadas
Corações em chamas
Um gosto amargo do minério
Um gosto estúpido do silêncio
Minas chora sozinha
Enterra sua riqueza
Na grandeza de cada alma
De cada história de seus filhos
Agora dormem com sapatos
E agora José? Maria? João?
Seus ombros suportam a dor de Minas?
Seus corações suportam mentes que cegam o mundo?
Andemos de mãos dadas.