MARESIA INFINITA

Maresia infinita;

Traz-me o sonho ao de leve;

Para que a sorte bendita;

Não me faça greve...

Grita-me a história do meu povo;

Sim essa que parece já perdida;

Pinta-a no mundo de novo;

Cura esta nossa ferida...

Quero de volta o respirar do meu povo;

Num espasmo de glória;

Que a alma de D. Afonso Henriques o poderoso;

Nos inspire novamente a fazer história...

Angariemos naus para o desafio final;

E por mares pejados de insolentes traidores;

Navegaremos por um destino frugal;

Com espadas e braços valentes...

Que este épico cenário;

Abrace a perenidade;

E se afaste o calvário;

Nós puros lusitanos merecemos dignidade...

Meu Portugal, és maré que não vaza;

Um suspiro dos deuses;

Por mais que te assaltem, não perdes a graça;

És a nossa pátria, não relegamos as nossas origens...