HOMBRES
(Um canto ao Velho México)
O sol incide sobre o mármore e remotas lendas parecem
surgir do interior aflito de cada alma.
Os pardais festejam sobre as proteções dos
telhados... A tarde é quente. A vida e a esperança é quente no tropel da tarde...
Os santos esperam. Rezam e esperam...
Como ébrios que dançam em ritmos entorpecidos,
são os homens da Vila em tiempo de guerrilha.
Nem a tequila esconde os semblantes pesados e secos
desta terra árida. Os murmúrios dos insetos talham o dia...
A batalha
foi antecedida nos pesadelos da noite.
Os silêncios mornos foram velados
pelo canto da coruja parda. O agouro. Sempre esse agouro...
As histórias velhas são contadas e recontadas nas noites insones
e os meninos dormem em cima de surrados sombreiros.
A poeira do dia sob o cálido sol...
O vento uivante nas tardes de agonia...
Os santos rezam e esperam...
.................
Amanhã,
depois dos cantos dos lobos,
depois do pão e do leite,
e do trago da tequila,
e dos ritos de água santa,
e dos abraços e das bênçãos,
as mulheres e os meninos serão deixados na Vila.
-- seguros em seus arraiais de tendas e saibro branco.
...E os Hombres descerão
aos vales de águas claras,
e com lancetas e espadas,
pistolas, fé, decisão,
trocarão seu rico sangue
pela liberdade plena
da terra, este berço pátrio,
herdada dos ancestrais.
...E eu morrerei ali,
de punho firme à guitarra,
cantado a canção de guerra:
Viva los Hombres fuertes
desta tierra de Zapata!
Sidnei Garcia Vilches (01/07/2015)
(Um canto ao Velho México)
O sol incide sobre o mármore e remotas lendas parecem
surgir do interior aflito de cada alma.
Os pardais festejam sobre as proteções dos
telhados... A tarde é quente. A vida e a esperança é quente no tropel da tarde...
Os santos esperam. Rezam e esperam...
Como ébrios que dançam em ritmos entorpecidos,
são os homens da Vila em tiempo de guerrilha.
Nem a tequila esconde os semblantes pesados e secos
desta terra árida. Os murmúrios dos insetos talham o dia...
A batalha
foi antecedida nos pesadelos da noite.
Os silêncios mornos foram velados
pelo canto da coruja parda. O agouro. Sempre esse agouro...
As histórias velhas são contadas e recontadas nas noites insones
e os meninos dormem em cima de surrados sombreiros.
A poeira do dia sob o cálido sol...
O vento uivante nas tardes de agonia...
Os santos rezam e esperam...
.................
Amanhã,
depois dos cantos dos lobos,
depois do pão e do leite,
e do trago da tequila,
e dos ritos de água santa,
e dos abraços e das bênçãos,
as mulheres e os meninos serão deixados na Vila.
-- seguros em seus arraiais de tendas e saibro branco.
...E os Hombres descerão
aos vales de águas claras,
e com lancetas e espadas,
pistolas, fé, decisão,
trocarão seu rico sangue
pela liberdade plena
da terra, este berço pátrio,
herdada dos ancestrais.
...E eu morrerei ali,
de punho firme à guitarra,
cantado a canção de guerra:
Viva los Hombres fuertes
desta tierra de Zapata!
Sidnei Garcia Vilches (01/07/2015)