BRASIL, QUINHENTOS!
O Brasil de hoje reflete o do passado
Pagamos a dívida de irrefletidos atos
Trazemos nas costas a maldição
Da exploração dos escravos
Também do derramamento de sangue
De índios e da quebra do eterno pacto
E há quem ainda queira outros quinhentos
Pensando em melhoria
Mas continua a semear neste tempo
A sorte das futuras famílias
Praticando extorsão e roubo
Fraude e também malícias
A situação é mesmo real
Mas há quem imagine utópica
Hoje até o senado federal
Integrantes da máfia abriga
E o congresso tal e qual
Em causa própria legisla
Os que hoje dominam o povo
Têm origem nos vilões exploradores
São os ramos os renovos
Daqueles iminentes senhores
Ou também dos degredados
E até de fugitivos mafiosos
Nossa herança é sangrenta
Não há como pagar essa dívida
O que juntaram em poupança
Foi a custo de injustiça
Atrás disso estão ordenanças
Padres e Jesuítas
Praticavam exploração e roubo
Os emissários da grande senhora
Que para acumular os seus tesouros
Ainda hoje os povos explora
Acumulando prata e ouro
Buscando terreal glória
O resultado é o que se vê
Na multidão de deficientes
Sobre os quais ela assentou-se
Sujeitando esses indigentes
E busca seus erros esconder
Ainda que eles sejam patentes
Pratica um discurso retórico
E diz condenar a opressão
Mas ninguém se engane é utópico
É falácia e enganação
Os chifres das suas cabeças
Sua derrota trarão
Temos sido explorados
Por muitos dirigentes
Sejam eles prefeitos
Governadores e presidentes
Que não lutam pelo direito
Mas se fazerem tão somente
Eles chegam ao poder
Pobres e de mãos vazias
E saem ricos por assim dizer
Ainda que pobres de espírito
E nada se pode fazer
Seus crimes não são vistos
Mas irão pagar por isso
Pois o Senhor não dorme
Seus ramos ou filhos
Não terão boa sorte
Serão vítimas de espíritos
Sofrerão fome e morte.