O barco em que navego é Portugal

Esquina a Costa de África de semblante

Ilude aos barcos cheios, com o olhar

Abre os portões da Europa de rompante

Mar de ilustres homens a remar.

Olha em frente, sem temer a nada

Costas guarnecidas com escudo

Trava-se batalha inacabada

Daqueles cujo mar louco lhes brada

Decidir o incerto destino do mundo.

Divide, reparte e compartilha

Tuas riquezas de onde o sol nunca se vai

De ocidente vem o ouro, a maravilha

Tapeçarias e turquesas, d'outra ilha

A grandiosidade que entra e não mais sai.

Fita a Grécia antiga de outros tempos

O império de Neptuno e outro tal

Brada a belicosa vela içada aos ventos

A nobreza da coragem sem igual.

O barco em que navego é Portugal.

Ricardo deSá
Enviado por Ricardo deSá em 28/03/2015
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