Páginas De Guerra (Fragmentos)

Hoje, nenhum beligerante conveio ao armistício!
Na pobreza extrema em que tombam magros
Para morrer não haveria outro momento propício...

Arquivaram-se todas as felicidades chamejantes!...
Os flagelados rufaram os seus tambores
Na rica melodia de todas as vidas juntas.
Em condições desumanas, culturas e cores
Os flagelados massificaram as condutas!

Na intelectualidade virtual de hoje, e-mail
No vazio microscópico de algum laboratório...
No lume da eloquência de um devaneio!
Como todo esse feixe de homens e escritórios!...

Pátria,
Os homicidas renegados dizimaram os ideais
Na penugem fria da ovelha cortada.
Os cascos que restaram formam os nossos quintais
Na serragem fria de uma noite pesada.

Os guerreiros que foram à disputa
E os maneios habilidosos com a espada...
No campo de batalha e de concentração
Fardas manchadas de sangue de bala.
Poeira sob corpos e navalha
Páginas contadas, vidas sacrificadas!

Futuramente, os historiadores estudarão os nossos costumes
E esse é um bilhete de guerra!
Pedindo paz...
Soldados se abraçam...
Homens caem por terra.
Armas são fabricadas
Para o orgulho desamparado
Nacionalizado.
Idealizado.


Pátria...
É uma escolha desconjuntada.
Zona de Guerra; outra página rasgada,
Fragmentos de uma vida passada.

 
Holofote Cerebral
Enviado por Holofote Cerebral em 20/03/2015
Reeditado em 28/04/2015
Código do texto: T5177102
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.