Do Que Te Gabas?
Ah, Seu Juvenal...
Do que te Gabas?
Não me queira mal
Seu Juvenal,
Eu só queria ser gente,
No entanto me fizeram de pingente
Pendurado em ferro velho da Central
Não me entenda mal
Seu Juvenal,
Eu só queria ser gente.
Eu merecia muito mais que ser pingente
Pendurado em ferro velho da Central
E no casebre no morro do Vidigal,
Não me leve a mal seu Juvenal,
Mas eu sou gente!
E deveria ser tratado como tal,
Por que então eu fui assim tão maltratado?
Diga-me então seu Juvenal,
Por quais motivos vivo neste abandono,
Tanto trabalho
Por mais de quarenta anos,
Aposentado
Vivo à base de mingau,
Do que te Gabas?
Diga a mim
Seu Juvenal,
Sou brasileiro e sal da terra
Onde plantando tudo dá.
Mais ao me ver, em tamanho desespero, sem saúde e sem dinheiro,
Neste abandono cruel,
Já pensei até em morte
deitado sem ter dossel,
Dissuadido de por fim à minha vida
Por visinha mui querida
Professora aposentada
Que mora no meu quintal,
Dividimos o mingau
Do que te Gabas Juvenal?
Ah, Seu Juvenal...
Do que te Gabas?
Não me queira mal
Seu Juvenal,
Eu só queria ser gente,
No entanto me fizeram de pingente
Pendurado em ferro velho da Central
Não me entenda mal
Seu Juvenal,
Eu só queria ser gente.
Eu merecia muito mais que ser pingente
Pendurado em ferro velho da Central
E no casebre no morro do Vidigal,
Não me leve a mal seu Juvenal,
Mas eu sou gente!
E deveria ser tratado como tal,
Por que então eu fui assim tão maltratado?
Diga-me então seu Juvenal,
Por quais motivos vivo neste abandono,
Tanto trabalho
Por mais de quarenta anos,
Aposentado
Vivo à base de mingau,
Do que te Gabas?
Diga a mim
Seu Juvenal,
Sou brasileiro e sal da terra
Onde plantando tudo dá.
Mais ao me ver, em tamanho desespero, sem saúde e sem dinheiro,
Neste abandono cruel,
Já pensei até em morte
deitado sem ter dossel,
Dissuadido de por fim à minha vida
Por visinha mui querida
Professora aposentada
Que mora no meu quintal,
Dividimos o mingau
Do que te Gabas Juvenal?