Re
veses

Poderia inundar teu ser com versos...
Cantar e rir!
Falar das alegrias pueris,
Que dia a dia enchem o corpo de endorfina.
Mas, minh’alma, seca e amortecida pelo tédio,
E por males aos montões, embruteceu!
O que fala mais alto é o silêncio.
O que surge em mim é um agudo e mudo grito:
 
-Até quando?
Quero contemplar réstias de luz e o breu
Do ódio e violência cegam meus sentidos.
Meu ser alegre se envergonha da enfadonha e demagoga vida.
Uma mentira doída!
Violência lançada em horários pagos com a esperança do povo...
É tudo escuro!



Em ruídos que retumbam nas ruas e corroem...
Medos panfletados em celuloses que gemem...
Imagens que tremulam nas bandeirolas em mãos mal pagas,
 No sol ou frio...
Violência e mentira!
Viajo em películas diárias e contemplo
O infinito cheio de mistérios...
Sérios!
Meu ser alegre se envergonha da real, enfadonha, macabra e demagoga vida.
Nada muda. É sempre igual!
Fico estarrecida e muda...
Muitas mentiras que vivo!
Muitas mentiras doídas!

Em 06/10/2014

 
INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 08/01/2015
Reeditado em 08/01/2015
Código do texto: T5095195
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