BRASILBÓLIA 14, O XAROPE MILAGROSO
A culpa não morre solteira,
Desconhecendo-se a razão,
Há sempre uma nova maneira
De conseguir compensação.
A selecção está dolorida
Por um fracasso de primeira
Porém, como em tudo na vida,
A culpa não morre solteira.
Há muitas mazelas no corpo
E na alma a devastação
A mente sente desconforto
Desconhecendo-se a razão.
Convém deitar a “sagres” fora
Pois há xarope de craveira
Para que a crise se vá embora
Há sempre uma nova maneira.
Habituem-se ao guaraná
Dá genica e concentração
É a estratégia melhor que há
De conseguir compensação.
Tombou a sagres doentia
Nesta tropical humidade
Guaraná tem mais energia
Mais frescura e qualidade.
Se houverdes que morrer na praia
Embrulhados num triste fado
Que da galera ninguém saia
Sem descobrir o embuçado.
Nunca basta querer ganhar
Há que dar corpo ao manifesto
Se há que cair, seja devagar,
Que o destino fará o resto.
Em pleno reino do guaraná
Tendes xarope milagroso
Se ele pra vós for talismã
Vosso devir será ditoso.
Erguei, Tugas, da alma a chama
Fortalecei vosso coração
Todo este País vos reclama
É vosso dever e devoção!
Frassino Machado
In A MUSA DOS ESTÁDIOS