NOVE DEDOS

PERDESTE UM DEDO

PARA SE APOSENTAR

QUERIA TANTO O PODER

PARA SE GLORIAR

PROMETEU TANTO

EM SEUS DISCURSOS

ERA A ESPERANÇA

DA MUDANÇA

QUATRO ANOS PASSARAM

NADA MUDOU

PORQUÊ

O DISCO TRANCOU

VEJO TRÊS BANCOS

UM DE SANGUE

OUTRO NA PRAÇA

SEM IMPOSTOS

DOIS SÃO DE GRAÇA

ESSE

O DE SANGUE

NOS CORREDORES

DEITADAS SOB COBERTORES

MULHERES COM DORES

SEM LEITOS

E EFEITOS

'A LUZ DARÃO

NOSSO-FILHO, IRMÃO

QUE UM DIA

POR ESSA NAÇÃO

LUTARÃO

SÃO AS VERDADEIRAS HEROÍNAS

JUDIADAS E SOFRIDAS

CUIDANDO DOS FILHOS

DAS FERIDAS

DA PRAÇA

O QUE SOBROU?

NADA

SOMENTE ESPERANÇA

O TERCEIRO

É AQUELE QUE VIVE

DA ESPECULAÇÃO

EXPLORAÇÃO

É

DO SUOR

LÁGRIMAS

SOMOS BRASILEIROS NATO

NÃO MORAMOS NO MATO

TODAS AS NOITES

NÃO DURMO

SOFRO DE INSÔNIA

PERDEMOS AMAZÔNIA

POR UMA QUADRADINHA

EMBUTEM MENSAGENS BANAIS

NOVELAS E CARNAVAIS

LAVAGENS CEREBRAIS

SÃO TANTOS CEGOS

MUDOS

A CONCORDAR

NADA VAI MUDAR

EU NÃO POSSO GRITAR

QUERO VER O POVO FELIZ

NÃO SE CALA POR NADA

AGORA É A SUA VEZ

JÁ É MADRUGADA

ACORDAM

POR FAVOR

SE NÃO

PERDEREMOS

O AVIÃO

VAI PARTIR

É BEM NOVINHO

QUE PENA

DESSE POVINHO

QUE ACREDITA

MAS NÃO MEDITA

** FOI ALTERADO, ONDE DIZ QUATRO, ANTES, QUANDO ESCREVI, ERA DOIS ANOS, VEJA A DATA DA PUBLICAÇÃO.**

Milton Nunes Fillho
Enviado por Milton Nunes Fillho em 20/02/2005
Reeditado em 25/10/2006
Código do texto: T4798
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