Ptose nacional

Ébrio caminhar trespassante

agracia-me feito sonho errante,

errado, acerta, firme erras,

como gula, enxame em primaveras

na dança em favos de cevada

leva-me a céus, mares, tudo e nada,

bússola amada,pátria embriagada,

um gole de feliz ao louco bardo,

boêmio certo da incerta batida...

ponham a pata e o leopardo

no alto da Esplanada

plutocratas glutões pecuniários,

e aceitam, e votam, e gritam e choram

eufóricos heróis penintenciários

em roxa capa no gogó, voam,

não respeitam a própria aorta,

com a rubra estrela, torta ou morta?

Companheiros bigodudos,

Deixem os versos em seus mundos

Romper, sanar, acabar, mudar

Feito as verdes relvas de cá

às mentes, aos olhos, aos sonhos...

Devaneios, etéreos brilhos

Vão-se e deixem a poesia,

o trem, a panacéia alegria

e não a esbaforida lampréia...

NJSM

21/01/2014

Dr Niedson Medeiros
Enviado por Dr Niedson Medeiros em 21/01/2014
Código do texto: T4659214
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