Meu Novo Mundo
Debaixo de sol radiante,
Glorioso, se levanta o gigante
Calando o alarido dos anarquistas.
O levantar, na verdade, está nas urnas,
No trabalho, na determinação diurna.
Xangô, Jeová e Tupã.
Do Chuí à Borborema e Jaçanã.
Armamos o Cruzeiro do Sul, nos Pampas.
Reacendemos o Centauro, em Palmas.
Ressoa Buarque, Villa-Lobos, Ramalho,
Clube da Esquina, Russo e Paulo Ricardo.
Não precisamos da viola de compensado,
Podemos ver brasileiro de guitarra elétrica do lado.
Brasilidade está no sangue, é a anti-utopia iorubá da indecência,
Mas verdade seja dita, a perfeição não possui luminescência.
Se o rock não acertou com Lobão,
Certamente é modéstia do falso canastrão.
Me viro em sublime adoração,
Como que andando por Roma, chego no paço imperial.
Vale do Jequitinhonha, a imponência cultural,
Certamente a garota de Ipanema
Amaria nossos diamantes,
Aqui mais abundantes
Que os fustigantes treponemas.
Não somos o país do futebol.
Somos o país do trabalhador.
A evolução de mentalidade,
É o fim da infantilidade que permeia
A nossa imatura sociedade.
Verde, amarela e azul,
Privatizando ou estatizando, quererei sempre tu.
Ó Brasil, idolatrado e vandalizado.
Mas todos vitoriosos, todos extasiados,
A revolução é de mentalidade !
Acorda Brasil, nunca é tarde !