Eu, o poder! Um duo.
Cala-te, poeta!
Teus sonhos altruístas e liberais
ameaçam os meus, consumistas e tridimensionais.
Tuas atitudes certas se imbuem de gritos de alerta
às minhas, duvidosas e incorretas.
Das entranhas do meu ser dilacerante
Ouso dizer-te nobre e coerente poetisa
Pela verve febril e causticante
Que rabisca a inspirar à minha pena
Dando-te centelhas de razões ao teu brado
Que faz eco forte em minha alma
Teus voos inusitados e abrangentes
podem estimular muita gente
a quebrar correntes... (Hoje, liberdade aparente!)
Sinto o bater de tuas asas velozes
Que ultrapassa o som e fere ouvidos dos algozes
Na profética missão só dada aos heróis em panteão
Deixando a marca da bravura a vencer a sofreguidão.
Voos incoerentes a uma inverdade existente.
A luz que irradias ameaça clarear caminhos
que quero manter em vão... Na escuridão.
O teu plano orienta-me como carta de navegação
A impulsionar meus sonhos de construir uma nação
À luz da razão harmonizada à emoção em expansão.
Tua essência põe em risco toda a abordagem da embalagem
roubando-me a prepotência, a persistência...
Tal ensejo rompe os rótulos e os invólucros
Como o encaixe de uma tampa na garrafa
O teu lirismo contagiante carrega multidão adiante,
mudando seu pensar...
E eu não quero vê-la dissipar.
A missão contamina e dissemina seus ditames...
Orientando as vocações rumo ao pensamento puro
A vencer e romper com as vis provações
Tua poesia é como um escudo salvador
livrando-te a alma do poder avassalador...
Tanto mister poético é fecundo ato criador
Só possível a quem professa em nome da arte
Tua sensibilidade me acovarda, me amedronta
ao quebrar o gelo da sociedade, que me afronta.
Teus anseios pelo fim das desigualdades
ferem meu egocentrismo, minha vaidade.
Ela é irmã gêmea de tua tempera rediviva
Que a tudo ensina e procria no útero da tua poesia
Fecundando o espírito de igualdade soberana
Parida nas tuas sacrossantas entranhas
Enfim, cala-te, poeta!
Não destruas meus castelos construídos
Pelo suor, sangue e dor
De um povo pacato e sonhador!
Calo-me diante da tua eloquência
Avassaladora e destemida
Que me trouxe de volta à vida
Duo: Carmen Lúcia Carvalho & Hildebrando Menezes
Cala-te, poeta!
Teus sonhos altruístas e liberais
ameaçam os meus, consumistas e tridimensionais.
Tuas atitudes certas se imbuem de gritos de alerta
às minhas, duvidosas e incorretas.
Das entranhas do meu ser dilacerante
Ouso dizer-te nobre e coerente poetisa
Pela verve febril e causticante
Que rabisca a inspirar à minha pena
Dando-te centelhas de razões ao teu brado
Que faz eco forte em minha alma
Teus voos inusitados e abrangentes
podem estimular muita gente
a quebrar correntes... (Hoje, liberdade aparente!)
Sinto o bater de tuas asas velozes
Que ultrapassa o som e fere ouvidos dos algozes
Na profética missão só dada aos heróis em panteão
Deixando a marca da bravura a vencer a sofreguidão.
Voos incoerentes a uma inverdade existente.
A luz que irradias ameaça clarear caminhos
que quero manter em vão... Na escuridão.
O teu plano orienta-me como carta de navegação
A impulsionar meus sonhos de construir uma nação
À luz da razão harmonizada à emoção em expansão.
Tua essência põe em risco toda a abordagem da embalagem
roubando-me a prepotência, a persistência...
Tal ensejo rompe os rótulos e os invólucros
Como o encaixe de uma tampa na garrafa
O teu lirismo contagiante carrega multidão adiante,
mudando seu pensar...
E eu não quero vê-la dissipar.
A missão contamina e dissemina seus ditames...
Orientando as vocações rumo ao pensamento puro
A vencer e romper com as vis provações
Tua poesia é como um escudo salvador
livrando-te a alma do poder avassalador...
Tanto mister poético é fecundo ato criador
Só possível a quem professa em nome da arte
Tua sensibilidade me acovarda, me amedronta
ao quebrar o gelo da sociedade, que me afronta.
Teus anseios pelo fim das desigualdades
ferem meu egocentrismo, minha vaidade.
Ela é irmã gêmea de tua tempera rediviva
Que a tudo ensina e procria no útero da tua poesia
Fecundando o espírito de igualdade soberana
Parida nas tuas sacrossantas entranhas
Enfim, cala-te, poeta!
Não destruas meus castelos construídos
Pelo suor, sangue e dor
De um povo pacato e sonhador!
Calo-me diante da tua eloquência
Avassaladora e destemida
Que me trouxe de volta à vida
Duo: Carmen Lúcia Carvalho & Hildebrando Menezes