O RELATOR

CARO AMIGO, OLHE PRA MIM!

NÃO TEM QUE SER SEMPRE ASSIM!

DIA HÁ PRO ARLEQUIM

E OUTRO PRO JOAQUIM.

DE NEGRA VESTE TALAR,

ALTIVO, SÓBRIO NO OLHAR,

SACODE, AGITA E ATIÇA.

SACA DO SONO A JUSTIÇA.

AI DE QUEM NÃO TEM PUDOR

NEM VERGONHA E JÁ NEM SISO.

SENTE A PENA DO DOUTOR

NO EXERCÍCIO DO JUÍZO.

A BALANÇA TEM NA MÃO,

COM PESO DE SALOMÃO.

BRANDE ESPADA, SEM PERDÃO,

NOS FEITOS DO MENSALÃO.

SE DIZEM RELAXA E GOZA

FALA, DEPOIS, SEU BARBOSA.

TROANDO O BRADO FATAL,

NAS SANCAS DO TRIBUNAL.

SEM FAMA, NOME OU FORTUNA,

MAS CULTO, FIEL, PATRIOTA,

APORTOU, CAPITÃO DE ESCUNA,

ACUANDO A GRÃ-PATOTA.

VEM LEMBRAR, COM GALHARDIA,

QUEM DISSE QUE NÃO SABIA.

QUE ERA TUDO ENGANAÇÃO,

NO ROMBO DESTA NAÇÃO.

SILÊNCIO! MOITA! CALUDA!

VEM VENTO, QUE DEUS ACUDA!

VAI DOER, TAL QUAL PORRETE,

O CANTO SECO DO MALHETE!

Amelius
Enviado por Amelius em 27/05/2013
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