CELEIRO DO MUNDO

A CRUZ MALTADA, NA VELA

ENFUNADA, NÃO REVELA,

A RAZÃO DE TAL ESTAMPA

NOS PANOS DA CARAVELA.

QUE PASSOU SOB A COROA

INSPIRANDO O NOBRE REI?

QUE NORMA? QUE REGRA?

QUE EDITO? QUE LEI?

QUE SOL, QUE LUA, QUE VENTO

TANGEU-LHE IMENSO PORTENTO?

QUE MÓVEL TORNOU FIEL,

AO TRONO, SOB O DOCEL?

QUE MISTERIOSO HAVIA

NA SAGA DE MANU-EL

OU DE AVIS, NA DINASTIA,

QUE DO REI FEZ SEU FIEL?

QUE MISTÉRIOS NAS ENTRANHAS

URDIRAM TERRAS ESTRANHAS?

QUE BARDOS ENTÃO OUVIDOS

ALERTARAM SEUS AVISOS?

BEM LÁ ATRÁS, OUTRO, O DINIS,

ENFRENTOU MITRA MATRIZ,

DESDENHOU O FRANCO BELO,

FEZ CAIR CETRO E CUTELO.

IN MEMORIAN DO GRÃO JAQUES

DEU GUARIDA, PÃO, CELEIRO.

PROTEGEU DOS FRANCOS SAQUES

O ESCUDO E O CAVALEIRO.

BUSCAVA ALMAS, O BISPO.

RIQUEZAS, OS DE SIÃO.

NOVA TERRA VIA O REI.

RUMO AO MAR, A EXPEDIÇÃO!

ALIA-SE, O REI, À SÉ

E AOS FILHOS DE SALOMÃO.

RECEBE DA HIERARQUIA

DO ALÉM-MAR, A INSTRUÇÃO.

RESSURRETA, POIS, A ORDEM.

BEM FORNIDA, RICA E FORTE,

NAVEGOU POR MAR ADENTRO,

NA CERTEZA E NÃO NA SORTE.

VIU, NO TEMPLO, SEU GOUVEIA

CONFERIDO NA JUSTANÇA.

UM IRMÃO DE MALHO E CEIA,

CAVALEIRO DE PUJANÇA.

SOB O MANTO DO ALQUIMISTA,

JÁ NUTRIDO DA CONQUISTA,

AO GINETE E JUSTO IRMÃO

CONFIA, EL-REI, NAU E TIMÃO.

TINHA ESSE O SEU AVAL,

POR SOBRENOME, CABRAL.

DESCOBRINDO A NOVA TERRA

UM MASTRO, NO SOLO, ENTERRA.

COM SALVAS DE ARCABUZ,

NO SOLO NOVO ANDALUZ,

TREMULA A CRUZ VERDADEIRA,

NA ILHA DE VERA CRUZ.

AQUI JORRARÁ LEITE E MEL,

DIZ BOSCO, O CURA FIEL.

PÓS REAJUSTE PROFUNDO,

AQUI, CELEIRO DO MUNDO...

Amelius
Enviado por Amelius em 27/05/2013
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