Mundo Vegetal (Canção do Exílio Vegetal)
Do reino vegetal o reflexo da paciência
as entidades fixas de apêndices móveis
semeiam diversas aos campos fecundos
em conexão os estigmas e estames transportados.
Companheiros de paisagem infinda verdura
tempera sazonalidades de tempos remotos
em imemorial relação apetece a vida
resinoso e estratificado em ação aquosa.
Relaxante, acolhem os casais aos pés
em piqueniques e excursões perfumando paixão
ao banhar de oxigênio a comburente formação
das fósseis eras das planícies racionais.
Protegem ao sol as virtudes do corpo
em gomoso bronze o foco recaptado
absorvem a luz em derretimento estruturado
oscilando os sais em torno da vegetação.
Mas por eucalíptos ruídos cobrem os trópicos
das virgens matas que cobriam o Brasil
em lugar do fruto, madeira, as notas
valiosas, os animais em esverdeada evolução.
Ai sobre o pezinho da árvore, joões, sabiás
gorjeiam naturalistas em vida simples
nos corredores ecológicos ao exílio da metrópole
por nossas flores e folhas mesmas.