DO IMPÉRIO À PRESIDÊNCIA

Vou usar minha escrita
Pra dizer como é bonita
A história do  Brasil

Desde sua descoberta
A robalheira é certa
Nesse país varonil

Começou com o império
A exploração sem critério
De toda nossa riqueza

O que a nós pertencia
Roubado daqui saia
Pros cofres da realeza

Mas um tal Pedro Primeiro
Homem forte, justiceiro
Tomou sem constrangimento
A dor do povo brasileiro

Ao ver tamanha indecência
Em tudo pouca clemência
Foi às margens do Ipiranga
E proclamou a independência

Veio então a presidência!

Outra grande ilusão
Nada de bom sucedia dentro da
nossa Nação

O povo sem alegria, continuou
explorado
Zombado e maltratado
Pouca esperança, muita amargura

Eis que surge a ditadura!


Sujeira
Sumiço
E censura

O povo indignado
Viu o seu verbo calado
Era tanta tirania
Um gesto que se fazia
Ditava a própria sorte
Era sentença de morte

Crianças perdiam seus pais
Na terra dos generais

Surge então nosso Tancredo
Homem valente, sem medo

Querendo mudar a história
Com muita diplomacia
Nasceu a democracia

Teve então sua vitória
Liberdade em apogeu
Mas o Tancredo morreu!
Por falta de um bom uso
Continuou o abuso
Tudo uma falsa alegria
Pouca lei, muita anarquia
O povo trabalhador
Sente na pele a dor
Já não crê e não se ilude
Num país sem segurança
Educação
E saúde
Parece até brincadeira
Cascata tornou-se mentira
Ladrão se fez Cachoeira
Até o que é natureza
Entrou pra corrupção

Quanta decepção!


Teresa Improta Monnier
Enviado por Teresa Improta Monnier em 05/07/2012
Código do texto: T3761773
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