INDIO POTIGUARA SAGA i
Sob o céu,
rente ao mar
repousas intranquilo
baixo a ancestrais
densas sombras...
Teu solo hoje é
mais imaginário
que fértil,
solo que outrora
mutriu manadas
de
dinossaurios...
Tua fartura dizimada,
já foi um dia Éden...
Teus cavaleiros
mirrados, combaterem
gigantes guerreiros
emplumados...
eram os homens
barbados que a
profecia esperava...
Guerreiros insólitos
de falas e armas
estranhas...
tu combateste a todos
à flecha, arpão e tacape,
mas para que?
para salvar uma nação
que não te respeita?
hoje teus sítios
são estéries, hoje
a falácia campeia
livre em tuas reservas.
A mentira tal como antes
ainda é brilhante, não
com espelhos, bugigangas
o brilho agora é
entorpecedor...
é o pó dos malditos,
é a água dos infernos...
e ninguem te socorre,
ninguem se espanta...
pequeno guerreiro,
segues assim
em tua prisão livre,
sem ter direitos, tuas
terras são ocas raras
meu pobre índio
POTIGUARA...!