DESAMOR
Eu destruí meu mundo!
Estou com vergonha de sair às ruas,
De ser chamado de homem.
De ser apelidado de cidadão.
Quero que meus filhos
Não me chamem de pai,
E que meus parentes não me procurem mais.
Esquecerei o café da manhã...
Vou trancar meu coração e esconder a chave;
Vou nadar no rio do peixe poluído
E dar o melhor de mim a quem só pensa em si...
(eu mesmo).
Não quero ser chamado de maldito...
Não quero ser chamado de desumano...
Que deixei de ser patrício
Ou que esqueci o grande compromisso
De ser cabeça da família.
Estou apenas deitando o verbo
Contra tudo o que dá origem ao desamor.