Negro Politizado
Poema
Negro Politizado
I
Mamãe Africa Ainda Hoje Chora!!!,
Pelos Seus Filho(a)s Exterminados,
A Hediondez Da Escravidão De Outrora,
Transmutou-se Em Ideologias De Estados.
II
De Estados Democráticos De Direitos,
Ufanamente Hoje Proclamados,
Mamãe Africa Sangra Pelos Seus Filho(a)s,
Ainda Globalmente Escravizados.
III
Não Se Usa Mais A Chibata!,
Como De Antes Na Escravidão,
Hoje O Capital ($$$) Quando Não Mata,
Trancafia O Negro Inocente Na Prisão.
IV
Mata De Fome A Pobre Criança!,
A Jovem Mulher E O Sábio Ancião,
De Um Oprimido Povo Africano,
Sumariamente Ameaçado De Extinção.
V
No Lugar Da Antiga Senzala,
Historicamente Como Era,
O Povo Negro Periférico E urbano,
Foi Empurrado Para Morar Na Favela.
VI
Todo Homem Rico É Chamado De Cidadão,
Da Mais Alta Classe Estamento Dominante,
O Escravo Supostamente Libertado De Então,
Hoje É Simplesmente Chamado De Afrodescendente.
VII
O Sinho Que Veio Da Casa Grande,
Fixou Sua Nobre Residencia Aqui,
Em Um Imenso Casarão Exuberante,
Ao Lado Da Favela Do Bairro Morumbi.
VIII
Todos Somos Considerados Iguais ,
Nos Termos De Nossa Constituição,
No Entanto O Homem Rico Vale Mais,
O Negro Descriminado Não Vale Nada Não.
IX
O Rico É Exaltado E Muito Bem Conceituado,
Mesmo Que Seja Corrupto Hábil E Vilão,
O Negro Dirigindo Seu Própio Carro,
Pela Policia É Abordado Como Verdadeiro Ladrão.
X
Na Hora De Você Colocar A Cédula Na Urna,
Seja Pra Votar Em Alguém Ou Ser Votado,
Vote Sempre Na Sua Descriminada Turma,
Desde Que Negro Culto E Cidadão Honrado.
Autoria Pota-"Ru"
Rubens de Souza Fernandes