FILHO DA PÁTRIA MÃE (expedicionário)

Quando á pátria me chamou

Eu fiz minha provação

Com bem pouco treinamento

E DEUS no meu coração

Fui para a frente de batalha

Em defesa da nação

Com minha arma varei

O Oceano lendário

Vencer era meu propósito

Mas o meu itinerário

Quem fazia era a razão

Por eu ser expedicionário

Eu nunca imaginei

Que uma guerra eclodiria

E nesse dia fatídico

Nela eu também estaria

Ouvindo o mortal barulho

Da pesada artilharia

Por sobre a minha cabeça

Rondava a morte faceira

E ás vezes ia sinistra

No interior da trincheira

Ceifando vidas valiosas

Nesta hora derradeira

Pois ficava sobre a trincheira

Uma teia de projeteis

E as granadas de morteiros

Como picadas de répteis

Iam desmembrando e tirando

A vida de seres férteis

Um espetáculo mórbido

Cruel e estarrecedor

De corpos amontoados

Marionetes sem valor

Neste cenário grotesco

De dor, angustia e terror

Neste concerto infernal

O sofrimento tocava

O vocal, grito e gemido

Do soldado que tombava

O diabo regia a Orquestra

E a negra morte dançava

Entre balas e baionetas

A vida não vale nada

Então eu me recordava

Da minha vida passada

Esperando voltar com vida

Aos braços da minha amada

Pois ali naquele inferno

Onde matar é brincadeira

Mão firme, mostrei coragem

Nos campos, mato e trincheira

Tendo fé em DEUS do Céu

E a arma por companheira

Com DEUS guiando meus passos

Lutei firme, fui valente

Marchei para a derrubada

Do tirano inconseqüente

Nem sono, fome ou cansaço

Me impediram de ir em frente

Com fé, e muita coragem

Demonstrei meu patriotismo

Andando de mão com a morte

Defendi o idealismo

Da suma democracia

E da liberdade o batismo

Não sei dizer quanto tempo

Só sei que durou bastante

Minha estadia guerreira

Naquelas terras distantes

Mostrando a fibra aguerrida

Da minha Nação possante