Eu quero a Língua Brasileira
Que come mandioca, maxixe, mangaba, jenipapo, macaxeira, quiabo, cajá, canjica, pamonha, feijoada e cuscuz.
 
Eu quero a Língua Brasileira
Que tem urubu, macaco, piaba, arara, siri, paca, sagui, jacaré, jacutinga, tatu, tamanduá e cupim.
 
Eu quero a Língua Brasileira
Que chama cumpadi, abestado, barango, moleque, guri, meu rei, bebum, neguinho, mano, rapá e sinhô.
 
Eu quero a Língua Brasileira
Que fala caçamba, senzala, quitanda, fuxico, bagunça, cangaço, brega, bagulho, gororoba e gangorra.
 
Eu quero a Língua Brasileira
Que cria, inventa, não melhora, não piora, é o que se é, mas transforma de hora em hora, sempre caminhando à margem da maré.
 
Eu quero a Língua Brasileira
Todo canto, todo lugar, do sul, sudeste, norte e nordeste, seja gaúcho ou cabra da peste.
 
Eu quero a Língua Brasileira
Que mistura língua e gingado, e faz de sua cultura, identidade, essa é sua honra, isso é ser honrado.
 
Eu quero a Língua Brasileira
Gritarei para o céu essa canção, onde pulsa o barulho do povo, povo de sonhos, onde há o pulsar de coração.
 
Eu quero a Língua Brasileira
Cantam as cores do Brasil gentil, baralho de raças e crenças, Língua de todos, entre outras mil.
Gabriela Mansur
Enviado por Gabriela Mansur em 05/04/2012
Reeditado em 05/04/2012
Código do texto: T3595897
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