Jorge Linhaça
Patriotas nós somos
idiotas da mãe pátria
nosso sonhos depomos
somos gente anárquica
enxergamos, falamos...
mas os ouvidos são mocos
algum eco encontramos
mas, que pena! São poucos...
Somos seres insanos
somos poetas, somos loucos.
No manicômio das letras,
em camisas de força,
somos boêmios e proxenetas
a poetar com fúria louca
A quem importa a pobreza?
a violência é pura ilusão!
Bom é ser membro da realeza:
De-lhes brioches, esqueça o pão!
Já dizia Maria Antonieta,
pouco antes da revolução.
O sangue que cobre as ruas,
(escarros tuberculosos da sociedade,)
não mancha os pés das peruas,
nem os ternos dos donos da cidade.
Poetamos, vivemos, morremos,
a cada linha sangramos!
Somos loucos, nos importamos,
no lagar se sangue nos embebemos
somos apocalípticos insanos!
Disparamos versos a esmo!
Ferimos ouvidos delicados,
somos a pústula social,
somos poetas alienados,
fazendo do mel o sal.
Somos vinagre derramado
o amargo gosto do real.
Somos o Big Brother das favelas,
somos a câmera que tudo vê!
Somos os frutos das sequelas,
daquilo que não mostra a TV.
não somos caviar, mas mortadela,
dedo acusador de quem nos lê!
Somos loucos patriotas,
idiotas da pátria gentil,
somos fruto das malocas
que ignoram ser servil
somos o bolôr das compotas
os esquecidos do Brasil!
Patriotas nós somos
idiotas da mãe pátria
nosso sonhos depomos
somos gente anárquica
enxergamos, falamos...
mas os ouvidos são mocos
algum eco encontramos
mas, que pena! São poucos...
Somos seres insanos
somos poetas, somos loucos.
No manicômio das letras,
em camisas de força,
somos boêmios e proxenetas
a poetar com fúria louca
A quem importa a pobreza?
a violência é pura ilusão!
Bom é ser membro da realeza:
De-lhes brioches, esqueça o pão!
Já dizia Maria Antonieta,
pouco antes da revolução.
O sangue que cobre as ruas,
(escarros tuberculosos da sociedade,)
não mancha os pés das peruas,
nem os ternos dos donos da cidade.
Poetamos, vivemos, morremos,
a cada linha sangramos!
Somos loucos, nos importamos,
no lagar se sangue nos embebemos
somos apocalípticos insanos!
Disparamos versos a esmo!
Ferimos ouvidos delicados,
somos a pústula social,
somos poetas alienados,
fazendo do mel o sal.
Somos vinagre derramado
o amargo gosto do real.
Somos o Big Brother das favelas,
somos a câmera que tudo vê!
Somos os frutos das sequelas,
daquilo que não mostra a TV.
não somos caviar, mas mortadela,
dedo acusador de quem nos lê!
Somos loucos patriotas,
idiotas da pátria gentil,
somos fruto das malocas
que ignoram ser servil
somos o bolôr das compotas
os esquecidos do Brasil!