Aqui é Portugal
O Tejo que molha Toledo
Mas não fica ali à toa
Cedo foge para Lisboa
Em Algarve uma prece
No azul e branco azulejo
São Lorenzo ora em solfejo
Nordeste, o interior pudico
De altas rochas em montanhas
Esconde o mar que a terra banha
Poetas escritos na Arcádia
Botaram em versos suas lusas
Sumo Almanaque das Musas
Na terra de tantas pessoas
Brotou um verso de Pessoa
Rima por cantos dispersa
Viajantes em noites sem insônia
De perto de onde deságua o Tejo
Sairam a cravar colônias
Portus Cale já viveu em Roma
Mas quem o fez e o toma
É lusitano, lídimo português