Amiga Esperança
 
 
Oh! Amiga esperança...
Leva-me contigo à dança
Pois também quero dançar
Perdoa-me se lamuriar
Pois fui arrimo, ainda criança
Fiz a vida sem me lapidar
Da fome, meu mundo particular.
  
Apresenta-me à bonança
Presente nessa festança
Onde Dona Isabel
Recitou rimas em cordel
Enquanto João e Pombal
Tramaram o terror social!
 
Leva-me à Abadia
Quero ver a anarquia
Dos Partidos inovadores,
Postulados por computadores...
E, para que eu, indigente,
No circo dos horrores
Possa sorrir novamente.
 
Apresenta-me à tirania
Para que, no seio da mordomia
Eu saia como grande ladrão!
Que viva esse antro de perdição!
Onde Juiz - parte da união -  
Banqueiros, Doleiros, Eremitas
Governantes, Pastores e Xiitas
Protetores de títulos sem caução
Roubam e recebem o perdão!
E eu, pelo que me restou,
Por um pedaço de pão,
Vou preso por pobre que sou
E recebo a excomunhão!
 
Ubirajara Sá
Enviado por Ubirajara Sá em 21/12/2011
Código do texto: T3400360
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