UFANIA BRASILIENSE

Hoje, amanheci, inexplicavelmente, patriótico.

Inundou-me o espírito de verdadeira ufania brasiliense.

Em minha acústica mental, ouço nitidamente o Hino Nacional.

Pensamentos invadem minha mente de modo caótico,

É como se eu assistisse a um filme de suspense.

Momentos de nossa História invadem minha memória:

A Colonização, os Índios, a Independência, a Escravidão:

Gérmen de um grande País em formação;

A Confederação do Equador, a Cabanagem, a Balaiada,

A Sabinada, a Guerra dos Farrapos:

O heroísmo, o patriotismo de muitas Vidas-trapo;

O Segundo Reinado, a Revolução Praieira, as Guerras do Prata,

A Guerra do Paraguai – de ambos os lados, apenas um brado: ai;

A Imigração, o Comércio, a Indústria, a Comunicação, a Abolição:

Com Ordem e amor ao Progresso, construímos uma grande Nação;

A Proclamação da República, as Oligarquias, o Coronelismo,

O Tenentismo, a República do Café-com-leite:

Um povo oprimido esperando que tudo se ajeite –

Somos um povo que nunca perde a esperança.

A Coluna Prestes, a Política Externa, a Economia:

Não obstante, a falta de patriotismo de algum governante,

A força da luta de um povo aguerrido aos poucos surgia;

A Guerra de Canudos, a Guerra do Contestado, os Movimentos Urbanos:

Fortalece a voz do povo na luta por seus Direitos Humanos.

Preciso emergir deste mergulho em meu histórico passado,

Muito ainda tem a ser falado, mas sou um poeta, não um historiador; Estes versos são para dizer do orgulho de ser brasileiro – com muito amor.

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 29/11/2011
Código do texto: T3362393
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