A FOME

Tem fome, a criança chora,
corre a mãe pra socorrer.
Mas a miséria devora...
o que havia pra se comer!

Das fomes, a mais cara?
Ainda é o saber!
E a luta daquele que é jovem,
é de saber, pra onde correr?

A fome do poeta é torta,
toda musa, pode ver...
Está longe, ou está morta!
Mesmo assim, todos querem ler!

Nobre fome, é a da política...
Em suas luxúrias, nobre ser.
“Votem em mim”, mera titica...
tua fome; pra te corromper!

Fome zero, fome nula.
O congresso pode ver.
No meu prato, po...l...vo e lula...
O que sobrar pode comer!

Que inveja, podes crer!
Dá maior fome que há?
Amazônia nas mãos de um “gourmet”...
Vamos ver o que é que dá?

Não sei se a pior fome,
é a interna ou a externa?
Mas se ao boi eu der um nome...
É da FoMIs mais moderna!

Cada ser tem sua fome própria.
Sendo ou não insaciável!
Demagogia, ou realidade sóbria.
Prato de alumínio é inquebrável!

Mas da fome o que mais mata...
É a tua indiferença desleal,
A noticia quando relata...
Que o homem é um ser racional!

(expressão de uma cidadã pela ÉTICA, e pelo fim das desigualdades, sem nenhum intuito de ofensa)

Alexandra
Sandra Araujo
Enviado por Sandra Araujo em 11/12/2006
Reeditado em 11/01/2007
Código do texto: T315468
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