REDESCOBRINDO UMA NAÇÃO

REDESCOBRINDO UMA NAÇÃO

Quando o sol tímido e sereno

Debruçou-se em minha janela

Não pude conter a vontade

De cantar ao meu país

Olhos voltados pro infinito

Entre o azul do céu bonito

O silêncio triste e profundo

Abateu-se sobre meu ser

De repente a inquietude

Vem rompendo o ufanismo

Uma bela atitude

Que outrora pensaste em fazer

Cantarei seu belo hino

Ou inventarei outra canção?

No labirinto feito de tempo

A consciência despertou

Oh! Infames lusitanos!

Sejam heróis ou vilões

Forjastes uma História

Forjastes uma memória

Nesta terra que não era tua

Descobriste a ingenuidade

Plantaste a ganância

A tristeza e barbaridade

Do suor descomunal

Inventaste o indolente

A preguiça, a selvageria

O pecado original

Entre o veneno e o antídoto

Da cor da raça

Do cheiro e sabor

Eis o espetáculo miscigenador!

Eram apenas homens de letras

Homens de letras tortas

Cientistas das horas mortas

O preconceito então brotou...

Como um bando de idéias novas

Povoando imaginários, corações e suas mentes

De um povo que ora sente

Ao redescobrir tua nação.

(Terê Arceles)

TERÊ ARCELES
Enviado por TERÊ ARCELES em 03/08/2011
Reeditado em 29/03/2021
Código do texto: T3138028
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