REDESCOBRINDO UMA NAÇÃO
REDESCOBRINDO UMA NAÇÃO
Quando o sol tímido e sereno
Debruçou-se em minha janela
Não pude conter a vontade
De cantar ao meu país
Olhos voltados pro infinito
Entre o azul do céu bonito
O silêncio triste e profundo
Abateu-se sobre meu ser
De repente a inquietude
Vem rompendo o ufanismo
Uma bela atitude
Que outrora pensaste em fazer
Cantarei seu belo hino
Ou inventarei outra canção?
No labirinto feito de tempo
A consciência despertou
Oh! Infames lusitanos!
Sejam heróis ou vilões
Forjastes uma História
Forjastes uma memória
Nesta terra que não era tua
Descobriste a ingenuidade
Plantaste a ganância
A tristeza e barbaridade
Do suor descomunal
Inventaste o indolente
A preguiça, a selvageria
O pecado original
Entre o veneno e o antídoto
Da cor da raça
Do cheiro e sabor
Eis o espetáculo miscigenador!
Eram apenas homens de letras
Homens de letras tortas
Cientistas das horas mortas
O preconceito então brotou...
Como um bando de idéias novas
Povoando imaginários, corações e suas mentes
De um povo que ora sente
Ao redescobrir tua nação.
(Terê Arceles)