Sou da minha terra!

Eu sou do dia que amanhece

Sou da minha nobre terra

Sou do céu que agora escurece

E da beleza que ele encerra

Sou deste ar frio que apetece.

Sempre quis voltar onde nasci

Rever esta lareira velha e quente

Recordar a infância que vivi

No seio, no calor da minha gente,

A essência que nunca esqueci.

Sou do vento nocturno, sussurrante

Por entre as oliveiras, alegre, uivante!

Sou do lindo trinar da guitarra

Quando a ouço tocar em desgarrada.

Sou do pirilampo, doce e cintilante.

Sou desta terra fria, sempre bela,

Graciosa como o caminhar da gazela!

Pertenço às flores, ao ar cheiroso

Do frio amanhecer no alto da serra,

Sou da chuva, do seu manto nebuloso!

Por toda a minha vida quero ser

Do lindo céu azul da minha terra,

Sempre, até ao dia em que morrer!

Esteja onde estiver, por ti anseio

O último sono quero dormir, no teu seio!

Ana Flor do Lácio (13/12/2010)

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 13/12/2010
Reeditado em 13/12/2010
Código do texto: T2670238
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