COMO DIRIA CASTRO ALVES

I

Oh! Versos deste hino que eu canto!
Oh! Cores da bandeira que venero!
Desesperança que me causa pranto!
E o porvir que não vem e tanto quero!
É ano de dois mil e dez,
onde estão meus sonhos perdidos?
foram-se os anos de vez,
e os juramentos esquecidos.
Tantas! Tantas cantilenas!
Promessas feitas a fio,
corrupções às centenas!
Não sei mais nem onde piso,
com tanta insensatez,
a corrupção causa riso,
acaba a esperança de vez.
Nesta Bandeira tão linda,
que a brisa do Brasil beija e balança,
parece de vez perdida
minhas vontades de criança.
De ver meu País tão lindo
ostentar-se para o mundo,
e eu, perfilado e erguido
com meu orgulho profundo.
Cantando com a mão no peito,
cantando com a voz em alegria,
que somos um povo perfeito
e livre da tirania.
Cadê o País que eu queria
pra deixar pros filhos meus?
Eu que criei fantasias,
vejam o que aconteceu!
O povo infeliz e comprado
com planos de engabelação,
cestas e dinheiro dados,
Deus! Pura enganação!
Eu que cresci ouvindo
em cabrestos e coronéis,
Vejo agora o povo rindo,
por receber míseros farnéis.
E esse PT maldito
que se vale de persuasão,
aprisiona o pobre,
com suborno e enganação.
 
II
 
Foram tantos os meus sonhos,
que um dia eu pudesse,
olhar orgulhoso a Bandeira
encher o peito e dissesse:
Oh! País que tanto amo!
Oh! Terra que tanto quero!
Em altos brados eu clamo
que é a Ti que venero!
Mais que adianta meu peito
sangrar por ti, meu Brasil,
se Te vejo desse jeito
com esse governo tão vil!
Onde roubar é normal
- A lei dos espertalhões!
Com um Congresso e um Senado
assim cheio de ladrões.
E roubam de toda maneira,
com tanta naturalidade,
são tantas as falcatruas,
de causar incredulidade.
E o mandatário-mor,
dizendo sempre: nada sei,
e se souber eu puno,
Mas (cá entre nós) sabe e nada fez.
Agora quando vislumbro
a possibilidade de mudança,
eis que surge o satanás
para enterrar minha esperança.
Tantos anos enganados,
esperando uma solução,
vejo de novo o poço
onde enterrar meu coração.
E o povo – falei dele!
Enganado e abastecido,
de novo com o seu voto,
acabará convencido.
De que votar vale à pena
no PT que tanto engana,
e a esperança pequena
morrerá por essa gana.
 
III
 
Oh! Brasil que tanto amo!
Oh! Brasil que tanto quero!
Entristeço aos desenganos
por isso me desespero.
De ver que a Terra impotente
pela qual daria a vida,
entregue a indecentes.
- Que esperança perdida!
Será que verei um dia
meu País crescer liberto,
livre dessa agonia?
Quero meu País perfeito,
quero gritar com alegria,
que meu País é direito.
Com um governo correto,
com políticos decentes,
seu povo ordeiro e honesto.
-Deus! Que utopia descrente.
Como posso ter certeza,
se o povo se deixa enganar,
e o Lula engabela
traindo com seu linguajar,
mais parece um filho pródigo,
que vive o pai a roubar.
Agora que pensei estar livre
o meu País desta sina
eis que surge o satanás,
em forma desta tal Dilma.
Para perpetuar a desgraça
que o meu Brasil domina,
com tirania e pirraça,
com tanta ganância sovina.
 
IV
 
Oh! Deus! Ajuda o Brasil!
Ouve minhas orações.
Livrai-nos do mal – amém!
Não deixes que Dilma ganhe,
para não continuar
com esse governo mesquinho,
e esses malditos políticos
que só pensa em roubar.
Oh! Deus! Escuta minhas preces,
sei que sou tão pequenino!
Mais, Deus – Sou Brasileiro!
Amo tanto meu País,
não quero vê-lo assim,
sucumbindo e sem destino.
Oh! Brasil que tanto amo!
Quem dera se eu pudesse
mudar tua trajetória.
Não posso fazer grande coisa,
sou apenas um colibri
no incêndio da floresta,
mais do pouco que eu posso
votar bem é o que me resta.
Usarei portanto o voto,
como quem empunha uma arma,
para livrar-te Brasil
deste teu terrível carma.
E se depender de mim,
e do meu orgulho servil,
Lula e toda sua corja
que vá pra longe do Brasil!!!
 
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Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 19/09/2010
Código do texto: T2508158
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