Ode à Cidade Natal
Não és a Itabira, de Andrade;
Nem a Ipanema, de Vinícius.
És, tão somente, minha cidade;
Meus bairros, meus becos, meu vício.
Não és a antiga, de Bandeira;
Nem o sertão de João Cabral.
És a minha simples, hospitaleira
E humilde cidadezinha natal.
Não tens os famosos museus londrinos,
Ou as ruas submersas de Veneza.
Tem lá seus caprichos pequeninos.
Tuas pracinhas, de singela beleza.
Tens o que todas as outras têm.
Estes namorados no banco,
Este céu, problemas também...
Os domingos e os dias de branco.
És Santo Bernardo dos Campos,
Padroeiro sabe-se lá de quê.
Abrigas o amado Rudge Ramos,
E outros cantos que não se vê.
És a cidade que assiste minha vida.
Sim, és São Bernardo, de céu anil.
E és, sem dúvida, a mais querida
Cidade deste meu imenso Brasil.
William G. Sampaio [23/07/2010]