CACHORRO POEMA

Meu faro aguçado,

Meu sentido desmedido

Pelo tempo esfumaçado

Pela fome esmorecido

Sou cão sem dono

Entregue ao abandono

Sobrevivo nesse engano

Sem ter na cauda o abano

Não me consideram cão

Mas moribundo em lixão

Sou vira latas sem chão

Sem pedigree sem noção

Na boca de quem não presta

O linguajar se me empresta

Nada valho sou aresta

Sou um cisco na floresta

Inda assim não me intimido

Porque sou cão destemido

E não sou cão escondido

Sou um cão mesmo fedido

E minha raça não nego

Outro não sou não renego

Os meus louros eu entrego

Meu instinto abnego!

**********************

Repito aqui a idiossincrática frase de certo ser autodenominado "the wider":"E isso lá é poesia?" Daí eu completo: E é patriótica ao menos?

Nem uma coisa nem outra... chamaria de divagações de cão sarnento, que eu inabilmente traduzi.

=D hehehehe