CACHORRO POEMA
Meu faro aguçado,
Meu sentido desmedido
Pelo tempo esfumaçado
Pela fome esmorecido
Sou cão sem dono
Entregue ao abandono
Sobrevivo nesse engano
Sem ter na cauda o abano
Não me consideram cão
Mas moribundo em lixão
Sou vira latas sem chão
Sem pedigree sem noção
Na boca de quem não presta
O linguajar se me empresta
Nada valho sou aresta
Sou um cisco na floresta
Inda assim não me intimido
Porque sou cão destemido
E não sou cão escondido
Sou um cão mesmo fedido
E minha raça não nego
Outro não sou não renego
Os meus louros eu entrego
Meu instinto abnego!
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Repito aqui a idiossincrática frase de certo ser autodenominado "the wider":"E isso lá é poesia?" Daí eu completo: E é patriótica ao menos?
Nem uma coisa nem outra... chamaria de divagações de cão sarnento, que eu inabilmente traduzi.
=D hehehehe