povo

não sou preto nem sou pobre.

sou latino americano,

sou brasileiro cubano,

sou argentino cigano,

não tenho conjuntos habitacionais,

mais tenho a lágrima do meu povo,

em uma só mulher,

sentindo-se traída,

sentindo-se culpada de rezar,

com medo de ser feliz,

eu quiz jogar tudo pro alto,

pelo o meu povo,

por Belchior ter ido pra longe,

eu ainda esculto de longe,

Belchior cantando.

Meu povo, meus filhos,

eu ainda estou aqui,

eu e vocês,

não chore,

meu braço é forte,

mais meu coração é fraco,

eu tambem sinto sede,

eu também sei chorar,

sou um homem feito,

o que mudou em mim,

foi ter criado barba.

meu povo,

Che já se foi, Cristo também,

aos heróis que te ajudaram,

tenho as cinzas do meu cigarro,

ficou o doce do teu sorriso,

todo o meu povo tá guardado em mim,

e quando eu chorar eu choro só.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 23/04/2010
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