Os olhos da revolução
Há um parto eminente nos meus sonhos
Uma placenta a romper os meus sentidos
As águas rebentam nos meus olhos
Nascem escorreitos os filhos bem paridos
Há um choro alegre na palavra liberdade
Uma criança que não conhece crueldade
Há um Abril feito de cravos envaidecidos
Um punho orgulhoso ergue-se da mão
Uma esperança nata, chamada revolução